Apesar do título da Copa do Brasil em 2016, a expectativa
dos responsáveis pelo quadro social do Grêmio era cautelosa. No papel, o
objetivo traçado era manter o mesmo número de associados para a
temporada seguinte. Por isso, o aumento para 80 mil ao final daquele ano
foi recebido com certa surpresa. Mais um ano se passou, mais um título
relevante — agora o tri da Libertadores — foi para o armário tricolor,
mas as expectativas seguiam cautelosas: manter-se na casa dos 80 mil. E
mais uma vez a expectativa foi superada. O Grêmio encerrou a temporada
2017 com um total de 92 mil sócios, um crescimento de 14% em relação ao
ano anterior.
Como não poderia ser diferente, o incremento se deu em função dos resultados dentro de campo. Mas mais do que isso. O próprio formato da Libertadores em 2017 acabou sendo positivo para os cofres gremistas. "Como a competição terminou só em novembro, o pessoal se manteve em dia durante o ano todo para garantir a chance de comprar o ingresso", avalia o gerente do quadro social, Harrison Vianna.
Levando em conta que o preço médio do ingresso na Arena em 2017 ficou em cerca de R$ 70, apenas com o valor arrecadado com os associados, o Grêmio garantiu entre R$ 5,5 milhões e R$ 6 milhões a cada mês. Para se ter uma ideia da importância disso, basta lembrar que a folha do departamento de futebol beira os R$ 9 milhões mensais.
Mesmo com os bons resultados dentro de campo, a cautela permanece. Ainda que tenha disputas importantes como a Libertadores e a Recopa, mais uma vez os dirigentes, pelo menos de forma oficial, seguem com a mesma aposta: manter o número de associados para a próxima temporada. Resta saber se haverá nova surpresa positiva em 2019.
Correio do povo